sexta-feira, 29 de julho de 2016

O HOMEM NOBRE.

O conceito de ''Homem Nobre'' (junzi) é talvez o mais importante nos Analectos de Confúcio. Confúcio defendia que o homem ideal era aquele que aliava um cabedal de conhecimentos à capacidade de agir em benefício da coletividade, de modo que o conhecimento e a sabedoria somente faziam sentido se servissem para a construção da ordem política. Tal tese veio a ser testada pelas gerações posteriores de confucianos e se consagrou na doutrina da ''Unidade entre Ação e Pensamento '' (zhixing heyi) do importante pensador chinês Wang Yangming da Dinastia Ming. 

''Dominar a si próprio '', dizia Confúcio ''e revigorar os Ritos '', o que construía uma ponte entre o mundo psicológico do Estudioso e a realidade social. Portanto, o Caminho do Homem Nobre iniciava-se, segundo Confúcio, pelo despertar do indivíduo para sua vocação pública. 

''Se não for como nos Ritos, não veja; se não for como nos Ritos, não ouça; se não for como nos Ritos, não fale; se não for como nos Ritos, não aja''. (Analectos): essa  é talvez a passagem mais importante de todos os Analectos de Confúcio, em que o Mestre explica a seu discípulo favorito, o sentido da Humanidade e como se deve praticá-la . Confúcio explica a Yan Hui que a Humanidade envolve duas coisas: 1 - Dominar a si próprio; e 2 - Revigorar os Ritos. Confúcio definia a Humanidade, obviamente,  como uma espécie de rotina, uma disciplina de vida. 

Mas a verdade é que os chineses nunca foram de teorizar a vida. As passagens mais gerais que se encontram nos textos chineses são apenas condensações da sabedoria e da experiência tradicional.

K.M.

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