Os erros que levaram ao impeachment da Presidente Dilma Roussef vão muito além da gastança irresponsável e a aversão à escolha entre objetivos contraditórios de conter os déficts públicos e impulsionar o crescimento econômico. Incapaz de adotar uma política de contenção da crise, o Governo que ora capitula não conseguiu sequer estabelecer prioridades nesse sentido. As desonerações equivocadas, o estímulo ao endividamento dos Estados, as mudanças no marco regulatório de óleo e gás, a política de ''campeões nacionais'' financiada pelo BNDES, a redução artificial dos juros e interferências políticas nos investimentos da Petrobrás e da Vale, entre outros problemas, sacramentaram o impedimento definitivo dessa que, talvez, tenha sido a pior Presidente de nossa história. Nomeio aqui também o congelamento dos preços administrados; a proteção setorial e o fechamento não-estratégico da economia; as concessões mal desenhadas e a fragilização das agências reguladoras; o aumento da inflação presente e futura; aumento do risco de crédito nos três níveis de governo e aumento da taxa de juros de equilíbrio e incerteza quanto à trajetória dos juros futuros. O desemprego disparou. A população empobreceu. A recessão é a pior da história. O Estado quebrou. A crise fiscal é um sinistro insolúvel. A dívida pública é uma bomba relógio que não será desarmada a tempo. A Previdência , os gastos, a s quimeras. Nenhuma reforma sairá do papel. Os sinais de recuperação econômica são pueris e ilusórios . Comprovamos que não existe mais nenhuma esperança. Resta-nos o consolo de destruir nosso algoz. OMERTÁ !
K.M.
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