Todo mal provém do crescimento sufocante do conhecimento dos nomes; o conhecimento dos nomes das coisas revela à mente coisas que não existem, despertando assim a ambição. Quanto maior a dificuldade de obter essas coisas imaginadas, tanto mais veemente se torna o desejo. Começa assim a luta dentro dos indivíduos, o furto, o roubo, a injustiça, o assassinato, o terrorismo. É a fantasia que seduz os homens: as cores, os sons, os condimentos, os jogos, os filmes, as preciosidades raras, as maquiagens, os photoshops, todo esse brilho da mera aparência desvia o coração humano do que é profundo e real, e faz nascer a ilusão, o egoísmo e a ignorância.
Se, portanto, quisermos realmente melhorar, devemos diminuir a ilusão, desativar a fábrica de ilusões. Mas a ilusão do povo só pode ser eliminada quando os líderes derem o exemplo, não valorizando os bens difíceis de conseguir e as ilusões que vem com eles; quando eles mesmos forem humildes diante de suas necessidades, e perceberem o que são na verdade; quando evitarem todo o fausto e sus caprichos tediosos; quando se colocarem modesta e serenamente entre as pessoas, firmes, ignorando o próprio ego e desaparecendo, por assim dizer, do pedestal da ilusão, a fim de agir de maneira ainda mais unificada com as energias da natureza que estão a destruí-los.
Quando, desse modo, os líderes abandonarem o que está distante, perdido dentro das quimeras da vaidade, e se dedicarem ao que é real e ao que está próximo, o povo será fácil de ser corrigido e governado. No entanto, quando se tem apenas a ambição do poder e da riqueza como fonte de inspiração, logicamente não adiantará nada dar ao povo esclarecimento e instrução profissional, Os meios de progresso mal passarão de instrumentos da desordem e do caos.
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