quarta-feira, 25 de janeiro de 2017
Política fiscal e investimento privado.
Existem estudos especializados que sugerem uma relação inversa entre política fiscal e investimento privado. Ou seja: sugerindo que quando um governo aumenta seus gastos para estimular tanto o ciclo financeiro quanto o de negócios, ele acaba afastando o investimento privado , o que provoca uma redução do mercado de crédito . Tais estudos concluem então que o gasto público pode vir a reduzir o investimento privado, respondendo à combinações de políticas monetária, fiscal e macroprudenciais que afetam e determinam os ciclos financeiros e de negócios. Períodos pós-crise ou de baixo crescimento global não são seguros para se usar a política fiscal como forma de conter a contração do crédito. A melhor combinação realmente parece ser a de políticas que gerem a menor volatilidade possível do PIB, inflação , taxa básica de juros e estoque total do crédito. Os ganhos de implementação de uma política fiscal expansionista, em tais períodos , respondem aos ciclos financeiro e de negócios de forma pouco expressiva se a política macroprudencial não puder reagir ao ciclo financeiro . Resposta fiscal anti-cíclica no ciclo de negócios e levemente pró-cíclica no ciclo de crédito, mas com a natureza anticíclica da ''resposta'' predominando. Antes de qualquer medida, porém , é necessário certificar-se a respeito da fonte de choque que se quer combater para se calibrar corretamente a direção e a intensidade das respostas. As políticas macroprudenciais afetam não só a estabilidade financeira, mas também muitas outras variáveis. Medidas macroprudenciais expansionistas durante um ciclo de aperto financeiro, por exemplo , acabam influenciando negativamente as expectativas para a inflação.
K.M.
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Macroprudential Policy Transmission and Interaction with Fiscal and Monetary Policy in an Emerging Economy. 2016
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