sexta-feira, 5 de maio de 2017
O valor podia alcançar o dobro do que foi informado. U$ 800 bilhões...
A reaceleração dos superávits externos foi , em boa medida, decorrente do ajuste recessivo que se seguiu ao estouro da bolha especulativa. De um lado, a redução no nível de atividade doméstico limitou o crescimento das importações. De outro, as empresas , em reação à frustração de suas expectativas de crescimento de demanda internam , aceleraram suas vendas ao exterior. Simultaneamente, aumentaram as exportações de máquinas e equipamentos, produtos de maior valor agregado, em detrimento dos bens de consumo duráveis, especialmente na área de aparelhos audiovisuais e de informática. Entre 1985 e 1994, a participação dos bens de capital na pauta de exportações japonesas aumentou de 48% para 62%. Uma outra mudança estrutural importante na área externa foi a mudança no relacionamento do Japão com as economias emergentes do Sudeste da Ásia. Ao final do mesmo período, a região passou a absorver 40% das exportações japonesas, contra24% em 1985. Em compensação, os países mais desenvolvidos perderam posição, de 62% para 52%. Em boa medida, o aumento da demanda de equipamentos nipônicos produtivos realizados por empresas japonesas na região . A terceira consequência importante da deflação nos mercados de ativos foi transformar a massa de capital especulativo criado durante a BOLHA em um pesadelo que colocava em risco não só o sistema financeiro japonês mas tbm o internacional . Como resultado da desvalorização dos imóveis e das ações , as empresas que estavam em posição especulativa passaram a apresentar prejuízos patrimoniais,. As garantias dadas aos empréstimos bancários perderam valor de mercado, gerando um volume crescente de créditos insolventes. Os bancos começaram, então , a ser negativamente afetados pela crise financeira assim como as grandes Securities Companies, muitas das quais haviam , como de praxe, dado a seus clientes garantia firme contra perdas frente a eventuais prejuízos. Segundo o Ministério das Finanças do Japão, os créditos improdutivos ou sujeitos à reestruturação montavam U$ 400 bilhões em março de 1995, o que representava 80% do PIB brasileiro do meso ano, para se ter uma idéia.Mas outras fontes diziam que o valor podia alcançar o dobro do que foi informado. U$ 800 bilhões...
K.M.
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