terça-feira, 2 de maio de 2017

Retomada da hegemonia.


 Os Estados Unidos não assistiram impassíveis a esses movimentos. No início dos anos 1980 ,Já haviam conseguido reafirmar sua hegemonia através da diplomacia do dólar forte, submetendo seus parceiros, em particular os japoneses, ao projeto de recuperação de sua economia. A partir de 1985 , usaram a valorização das moedas de seus concorrentes como instrumento para  , n o caso dos japoneses, gerar prejuízos em exportadores e investidores incautos, que se haviam exposto demasiadamente no mercado norte-americano ; forçar a internacionalização de suas indústrias e de seus capitais ; e para impor às autoridades locais políticas expansionistas que se contrapunham ao caráter recessivo do choque externo. A opção do governo japonês por reduzir ao mínimo as taxas de juros com o objetivo de manter o crescimento econômico desencadeou um processo especulativo nos mercados de ativos do Japão ---- imobiliário e de ações --- que levou o país, no início da década de 1990. à pior crise desde a Segunda Guerra Mundial. De 1992 `à 1995 , sua economia atravessou a mais longa recessão desde o fim Segunda Guerra. As taxas de crescimento do PIB reduziram-se à 0,7% ao ano .  Embora a economia tenha crescido em 1996 mais de 3% a.a. , como decorrência da forte desvalorização do iene , a retomada veio perdendo fôlego nos primeiros meses de 1997, revelando que a crise ainda não tinha sido inteiramente superada. Nesse cenário , a preocupação norte-americana com uma possível ''REVANCHE'' japonesa foi temporariamente afastada . A despeito de os déficts comerciais permanecerem elevados e de a dívida pública americana continuar sendo financiada por capitais japoneses, o Japão deixou de ser visto como a principal ameaça aos interesses e à liderança norte-americana no mundo.

K.M.

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