quinta-feira, 25 de maio de 2017
Um poder maior do exército ativo.
Nos parágrafos finais da primeira parte do MANIFESTO COMUNISTA , Marx e Engels propõem dois argumentos distintos sobre as razões pq o domínio da burguesia chegará ao fim . Por u lado , a burguesia é ''incapaz de exercer seu domínio pq não tem competência para assegurar a existência de seu escravo em sua escravidão , porque não consegue impedi-lo de cair num estado tal em que deve nutri-lo, em lugar de ser nutrida por ele. A sociedade NÃO PODE MAIS (!!!!!!!!!!) viver sob o domínio da burguesia ; em outras palavras, A EXISTÊNCIA DA BURGUESIA NÃO É MAIS COMPATÍVEL COM A SOCIEDADE. O avanço da indústria é uma doença cujo agente transmissor é a burguesia; o desenvolvimento da indústria. portanto, abala a própria a base sobre a qual a burguesia assenta sua produção e apropriação. O que a burguesia produz, portanto , são seus próprios coveiros. Sua derrocada e a vitória do proletariado são igualmente INEVITÁVEIS !!!! , ainda que o cenário , no momento, seja o do desamparo proletário e da convulsão proto-constituinte , a associação entre os proletários substituirá luminosamente o avanço da indústria, de modo a minar as bases da burguesia que vive de apropriar-se dos malefícios do progresso industrial nos moldes imperialistas. Qualquer estudioso de convulsões sociais sabe que qualquer perda de legitimidade como resultada da incapacidade de assegurar subsistência de um exército de reserva se traduz, quase que imediatamente, NUM PODER MAIOR (e qualitativamente superior ) DO EXÉRCITO ATIVO. Pois, na visão de Marx , os exércitos ativo e de reserva consistiam do mesmo material humano que se supunha circular, de modo mais ou menos contínuo , de um para o outro. Os mesmos indivíduos fariam parte do exército ativo hoje e do exército de reserva amanhã, dependendo dos altos e baixos das empresas, linhas e locais de produção . Assim, a ordem burguesa perde legitimidade igualmente entre os membros dos exércitos ativos e de reserva, intensificando-se desse modo a tendência daqueles que por acaso se encontrem no exército ativo de transformarem sua associação no processo produtivo de instrumento de exploração pela burguesia em instrumento de luta contra esta.
K.M.
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