É claro que o ''planejamento '' ainda é um conceito válido, desde que o Estado não transponha os limites de intervenção que representam o ''máximo apoio possível '' à iniciativa privada. Trata-se de um tipo de apreciação capaz de combinar-se com qualquer reafirmação dos princípios liberais. Tomados individualmente , todos os elementos de uma economia são planejados. O governo planeja suas atividades, sua receita, sua despesa ; cada empresa planeja o volume de sua produção, o programa de seus investimentos, sua receita, sua despesa, seus lucros. O industrial, o agricultor, o comerciante, todos planejam suas atividades. Mas a que obedece esse planejamento ??? Quem oriente esse planejamento?? E ele está baseado corretamente ?? , E em QUÊ ??? Tocamos aqui o ponto capital do problema. O planejamento de produção é ditado pela PROCURA e por seus índices, que são (a curto prazo ) os preços atuais e antecipados. É o sufrágio do regime ininterrupto dos consumidores. .. O Estado deve, em princípio e por todos os meios, evitar interferir no campo da economia privada. Ele pode facilitar, estimular , premiar. Pode, nas fases de necessidade, promover a realização de um programa de obras públicas e infra-estruturais, mas não deve assumir nenhuma atividade direta porque a economia dispõe para isso de uma grande superioridade de elementos. O exercício do ''planejamento'' não pode ser encarado como um simulacro viável ou alternativa ao mercado. A marcha do progresso e do desenvolvimento de um país, além disso, depende de outros fatores mais, políticos, sociais e econômicos.. e não pode tão simplesmente ser enquadrada na previsão quantitativa dos economistas.
K.M.
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