Em busca das bases consensuais.

Ao pensarmos  a transição do tradicional para o moderno a partir destas perspectivas, podemos perceber que aquilo que Adam Smith e as teorias da escolha racional supõem ser um só processo, são na verdade dois : não é possível reduzir a atualidade e a racionalidade ao surgimento do tipo individualista do mercado , que utiliza uma faculdade cognitiva-instrumental para determinar quais são os seus interesses. Tal operação acaba nos obrigando a atribuir ao Mercado aquilo que ele não é capaz de fazer por si só, isto é, estabelecer as bases da relação consensual dos atores  sociais e econômicos em relação às regras da atividade econômica. Estas provém da estrutura jurídica, de normas abstratas aceitas pelo conjunto dos atores econômicos e capazes de fornecer  à atividade econômica e à sua dialética com o Estado uma natureza consensual ou ao menos comparativa ou aproximativa.

K.M.