O GRAU DE A NORMATIVIDADE VARIA. PZREWORSKI PARECE SER O AUTOR QUE NEGA MAIS RADICALMENTE A NOÇÃO DE NORMATIVIDADE. EM ''DEMOCRACIA E MERCADO '' , ELE AFIRMA QUE ''NEM COMPROMETIMENTOS NORMATIVOS NEM COMPROMETIMENTOS SOCIAIS SÃO NECESSÁRIOS PARA GERAR OBEDIÊNCIA EM RELAÇÃO ÀS DECISÕES DEMOCRÁTICAS. É SUFICIENTE QUE O ESTADO TENHA PODER DE COERÇÃO. MINHA TENDÊNCIA TEM SIDO A DE INSERIR A NORMATIVIDADE ENQUANTO CRITÉRIO PARA ESCOLHAS INDIVIDUAIS. SÓ ASSIM É POSSÍVEL ENTENDER QUANDO EU AFIRMO QUE A TEORIA DA ESCOLHA RACIONAL É UMA TEORIA NORMATIVA. AS POSSIBILIDADES DA POLÍTICA RACIONAL.
EM THE CEMENT OF SOCIETY ,John Elster continua supondo que as preferências individuais estão dadas e que, portanto , normatividade e racionalidade estão em oposição. Esse parece ser um equívoco comum a todas as versões da teoria da escolha racional, do qual não comungo.
K.M.
a NEGAÇÃO DA IDÉIA DE NORMATIVIDADE TINHA ANTERIORMENTE COMO INSPIRAÇÃO UMA POSSIBILIDADE DE CORRESPONDÊNCIA ENTRE PRÁTICAS E NORMAS NA QUAL AS PRÁTICAS SOCIAIS TERIAM PRECEDÊNCIA EM RELAÇÃO ÀS NORMAS, A TEORIA DA ESCOLHA RACIONAL, NAS VERSÕES DE ELSTER E OUTROS, OPERA UMA INVERSÃO ATRAVÉS DA QUAL TODA E QUALQUER LIGAÇÃO ENTRE PRÁTICA POLÍTICA E NORMATIVIDADE É NEGADA. O RESULTADO É UMA CONCEPÇÃO DA POLÍTICA QUE NEGA AS BASES CONSENSUAIS DA AÇÃO TRANSFORMANDO A DEFESA DE INTERESSES INDIVIDUAIS PRIVADOS EM UM ÚNICO CRITÉRIO PARA A AÇÃO , AO SUBSTITUIR A IDÉIA DE ARGUMENTAÇÃO PRÓPRIA À POLÍTICA PELA IDÉIA DE BARGANHA PRÓPRIA AO MERCADO.
ResponderExcluirK.M.
Com isso, acentua-se a dinâmica das instituições políticas encarregadas de coordenar a disputa estratégica entre os atores sociais, ao mesmo tempo que as dimensões pactadas e negociadas da política são diminuídas. A prática política acaba sendo equiparada com um exercício de coordenação impessoal e automático da ação , coordenação essa fundada em um conceito cognitivo-instrumental de racionalidade que é incapaz de fundamentar um conceito abrangente de política. Resta àqueles que tem a preocupação ou mesmo a mais urgente necessidade de pensar a política a partir de uma perspectiva mais ampla de proceder de maneira comunicativa, demonstrando que existe uma conceito complementar de racionalidade capaz de fundamentar bases consensuais modernas e eficazes.
ResponderExcluirK.M.
O processo de argumentação próprio à política se distingue do processo de barganha próprio ao Mercado. A política implica em um inter-câmbio de argumento entre pessoas que se reconhecem umas às outras enquanto iguais em autoridade. A deliberação supõe um certo tipo de amizade cívica, uma atitude de abertura e persuasão.A interação estratégica, pelo contrário , pede que cada pessoa não leve em conta nenhum interesse anão ser o seu próprio. Seu meio não é o argumento mas a barganha.
ResponderExcluirK.M.
No contexto do nosso assunto, torna-se interessante notar como que a legalização do mercado sem a institucionalização das regras do direito civil nos países do antigo bloco soviético não foi capaz de gerar uma economia de mercado. No s poucos setores onde tais atividades se desenvolveram, esses tenderam a se concentrar no interior de comunidades etnicamente homogêneas, o que apontaria para o fato de que o Mercado necessita de algum tipo de base consensual que ele mesmo não é capaz de fornecer e que, nos casos em que o direito civil não opera, a única possibilidade de desenvolvimento de atividades privadas se dá em torno da normatividade comunitária tradicional.
ResponderExcluirK.M.