Anteriormente o Japão , depois Coréia, Cingapura, Hong-Kong e Formosa, o que chamavam de ASEAN-4 , mais a China, afirmaram-se como grande exportadores de manufaturas baratas , ou industrial staples , para os grandes mercados dos Estados Unidos e Europa . Esta inserção internacional dos países do sudeste asiático tem se revelado permanente , a despeito da mudança estrutural e sequencial de cada país em direção a manufaturas de maior densidade tecnológica. Para alguns historiadores como Ikeda, o desenvolvimento asiático em suas fases iniciais sempre baseou-se na exportação do que denomina de ''asian type modern merchandise '', isto é , de bens de consumo de semelhantes mas significativamente mais baratos do que os ocidentais. A principal analogia com as commodities agrícolas ou industriais que caracterizam os setores exportadores típicos da América Latina e da África , é que tbm o staple industrial possui alta concorrência em preço , baixa diversificação de produto , preço declinante no longo prazo determinado pelo produtor marginal . Os exemplos modestos destes staples eram os ''semicondutores, ou peças de vestuário , pen-drives ,dispositivos de armazenamento de dados e componentes físicos da indústria eletrônica. O principal interesse dos EStados Unidos nas exportações asiáticas foi historicamente o acesso a um suprimento barato de manufaturas intensivas em mão-de-obra. E aqui consideramos a importância de uma oferta barata de manufaturas para a manutenção de uma baixa inflação em dólar. Com efeito, não deixa de ser surpreendente o fato de que a indústria de confecções só foi superada pela indústria de computadores como ramo mais dinâmico nas importações da OCDE. Tanto numa indústria quanto na outra, a participação dos países asiáticos foi decisiva.
K.M.
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